Redes de apoio e comunidades potenciais na historiografia grega: uma abordagem semântico-narrativa
Fecha
2024Resumen
Este artigo almeja discutir, servindo-se de textos de historiadores gregos e de uma abordagem
tanto histórica quanto filológico-historiográfica,termose passagens-chave do léxico que compõe
o campo semântico sobreexílio, deportação, banimento einiciativas deestabelecimento deredes
e comunidades de migrantes potenciais, isto é, que não foram plenamente concretizadas ou que
fracassaram, bem como que resultaram em perdas humanas ou econômicas, retrocessos políti cos, destruições, dispersões, escravização ou guerras, sobretudo quando co-envolvem conjun turas de fracasso ou colapso de democracias por via (ou não) de stáseis prolongadas – um dos
principais desencadeadores de processos de migração no mundo antigo. Via de regra os passos
examinados se limitam a constatar e descrever o fenômeno migratório, demonstrando pouco
interesse pelas iniciativas dos próprios migrantes, muito menos em prosseguir com o exame
de seu estabelecimento nas comunidades que os acolheram e nos modos segundo os quais sua
presença reforça ou enfraquece regimes democráticos ou não de organização. Quando há inte resse por parte de historiadores em relação ao fenômeno, tal interesse se manifesta por meio
da ênfase na descrição de populações forçadas a deixar suas cidades e vendidas como escravas This paper aims to discuss, using passages from Greek historians and based on an approach
both historical and historiographical-philological, key terms and passages from the lexicon
that make up the semantic field on exile, deportation, banishment and initiatives to establish
potential networks and communities of migrants, that is, that were not fully realized or failed,
as well as resulting in human or economic losses, political setbacks, destruction, dispersion,
enslavement or wars, especially when they co-involve situations of failure or collapse of demo cracies through (or not) prolonged stáseis – perhaps the main trigger of migration processes
in the ancient world. As a rule, the passages discussed below simply mention and describe the
migratory phenomenon, showing little interest in the initiatives of the migrants themselves,
even less in examining their establishment in the communities that welcomed them, or how
their presence reinforces or weakens democratic or non-organizational regimes. When
historians do show interest in the phenomenon, such interest can be seen as emphasis on
the description of populations forced to leave their cities and sold into slavery