Turismo no Pantanal/MS: a difícil retomada entre pandemia e queimadas
Date
2025Abstract
Com a pandemia de Covid‐19, iniciada em 2020, o turismo foi uma das áreas mais atingidas pelas
medidas de distanciamento social no mundo. No Brasil, o poder público criou programas para mitigar os efeitos
econômicos negativos previstos, mas em muitos casos, como no Pantanal de Mato Grosso do Sul (Pantanal Sul), a
efetividade de tais ações para a economia e para a vida da população que ali vive e trabalha no setor ainda precisa
ser apurada. Nessa região, a pandemia foi vivenciada em um contexto singular de forte estiagem e de queimadas
intensas que tornaram a situação ainda mais complexa e caótica. Com base em pesquisa em sites de notícias,
dados oficiais, artigos e dados de uma breve incursão etnográfica em pousadas turísticas locais, apresenta‐se
como a pandemia atingiu a população e como tem sido a retomada das atividades na região. Embora as ações
governamentais relacionadas à Covid‐19 tenham reduzido os impactos econômicos, não garantiram a paralisação
total do setor. Ademais, a retomada precipitada combinada a outros fatores como a seca e as queimadas, colocaram
a população pantaneira em risco. With the Covid‐19 pandemic that started in 2020, tourism was one of the hardest hit areas
by social distancing measures in the world. In Brazil, the government created programs to mitigate the
predicted negative economic effects, but in many cases, such as in the Pantanal of Mato Grosso do Sul
(Pantanal Sul), the effectiveness of such actions for the economy and for the life of the population that lives
there and works in the sector, still needs to be investigated. Based on research on news sites, official data,
articles, and data from a brief ethnographic incursion into local tourist inns, this article presents how the
pandemic affected the population and how the resumption of activities in the region has been. Although the
actions have reduced the economic impacts, they did not guarantee the total stoppage of the sector, and the
hasty resumption, together with other factors such as drought and fires, put the Pantanal population at risk.