El materialismo finimilenario norteamericano en las Ecólogas y Urbanas de Jesús López Pacheco

Abstract

La obra de Jesús López Pacheco (1930-1997) siempre ha sido consciente del entorno que rodea a sus personajes. Sin embargo, será en su última obra en vida, Ecólogas y Urbanas: Manual para evitar un fin de siglo siniestro (1996), donde esta preocupación se manifieste en todo su esplendor. Tras este neologismo (que aúna “égloga” y “ecología”) se esconde un activismo lírico que va de la experiencia personal a la colectiva, y que intenta que volvamos a la sostenibilidad como paradigma para la subsistencia en el tercer milenio. Desde una perspectiva materialista ecológica de origen norteamericano se analizan, así, las relaciones humanas con las otras especies animales, la crítica al mercantilismo económico salvaje y la degradación ambiental de los paisajes urbanos. De este modo, uniendo un humor mordaz a la vis poética, se dibuja, esperanzado, un entorno postpastoral posible como única solución para la humanidad en los años venideros.

The work of Jesús López Pacheco (1930-1997) has always been conscious of the environment surrounding its characters. It will be, however, in the last work of his lifetime, Ecólogas y Urbanas: Manual para evitar un fin de siglo siniestro (1996), where this concern is manifested in all its splendor. This neologism (which combines “eclogue” and “ecology”) hides a lyrical activism that goes from personal to collective experience, and tries to bring us back to sustainability as a paradigm for subsistence in the third millennium. From an ecological materialist perspective of North American origin, it analyzes human relations with other animal species, the critique of savage economic mercantilism and the environmental degradation of urban landscapes. Therefore, showing a sharp sense of humour linked with vis poietica, a possible postpastoral scenario is drawn, tinged with hope, as the only solution to humanity in the years to come.

O trabalho de Jesús López Pacheco (1930-1997) sempre esteve atento ao ambiente que envolve seus personagens. Entretanto, será em seu último trabalho durante sua vida, Ecólogas y Urbanas: Manual para evitar un fin de siglo siniestro (1996), onde esta preocupação se manifesta em todo seu esplendor. Por trás deste neologismo (que combina “écloga” e “ecologia”) está um ativismo lírico que vai da experiência pessoal à coletiva, e que tenta nos trazer de volta à sustentabilidade como um paradigma para a subsistência no terceiro milênio. De uma perspectiva materialista ecológica de origem norte-americana, as relações humanas com outras espécies animais, a crítica ao mercantilismo econômico selvagem e a degradação ambiental das paisagens urbanas são assim analisadas. Desta forma, combinando humor mordaz com visão poética, é traçado um quadro esperançoso de um possível ambiente pós-pastoral como a única solução para a humanidade nos próximos anos.